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Você sangra muito durante seu ciclo menstrual?

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As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em todo o mundo. Particularmente entre as mulheres, é crucial descobrir fatores de risco contributivos modificáveis para a prevenção de doenças cardiovasculares na população feminina.

A menorragia é definida como perda excessiva de sangue durante a menstruação ou sangramento menstrual clinicamente excessivo, prejudicando o bem-estar físico, mental e social e a qualidade de vida das mulheres afetadas.

A menorragia impõe um encargo financeiro significativo as mulheres afetadas em relação às despesas de tratamento e perdas de produtividade. Também está relacionado à anemia, exaustão, dores de cabeça e desconforto. A ligação entre menorragia e anemia do tipo deficiência de ferro pode impedir a transferência de oxigênio e alterar a função cardíaca.

Em um recente estudo retrospectivo e transversal, os pesquisadores exploraram a influência da menorragia e da menstruação irregular no risco de doenças cardiovasculares.

Os pesquisadores extraíram registros de hospitalizações entre mulheres com menorragia e ciclos menstruais regulares entre 18 e 70 anos de idade em 2017 do banco de dados de amostras nacionais de pacientes internados (NIS) acessível ao público. Eles usaram a Classificação Internacional de Doenças, décima revisão (CID-10) para definir menorragia, incluindo história atual ou anterior de menorragia.

Foram excluídas do estudo internações por amenorreia, hematocolpos, sangramento menstrual excessivo na puberdade, dismenorreia, sangramento de ovulação e aquelas com apenas menstruação irregular. A exposição primária do estudo foi sangramento menstrual intenso. Os desfechos incluíram eventos cardiovasculares adversos maiores (MACE), acidente vascular cerebral, fibrilações atriais (FA) ou arritmias, doença coronariana (DAC), diabetes (DM), insuficiência cardíaca (IC) e infarto do miocárdio (IM), apurados pelo CID- 10 códigos de diagnóstico.

De 2.430.851 mulheres hospitalizadas com idade média de 44 anos, a menorragia ocorreu em 0,7% (n = 7.762) das mulheres com 40 anos ou menos e 0,9% (n = 11.164) daquelas com idade acima de 40 anos. Na coorte do estudo, 0,8% (n = 18.926) tiveram diagnóstico de sangramento menstrual intenso, incluindo 15.180 (0,6%) hospitalizações sem menstruação irregular e 3.746 (0,2%) com menstruação irregular. Apenas 20% eram obesas e apenas 9,0% tinham síndrome metabólica.

A proporção de obesidade, uso de anticoncepcionais, SOP, infertilidade, anemia, AINEs e leiomioma uterino foi maior nas hospitalizações por menorragia do que no grupo com ciclo menstrual regular.

“Entre as hospitalizações de mulheres com idade ≤40 anos, os investigadores observaram associações significativas entre menorragia e um aumento da probabilidade de resultados de doenças cardiovasculares, incluindo eventos cardiovasculares adversos importantes (OR 1,6), doença cardíaca coronária (OR, 1,7), acidente vascular cerebral (OR, 2,0), insuficiência cardíaca (OR, 1,5) e fibrilações ou arritmias atriais (OR, 1,8). Esse fato é muito importante, pois muitas mulheres com lipedema apresentam menorragia.”  – Informa o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).

Em contraste, a menorragia não mostrou associações robustas com eventos de doenças cardiovasculares entre mulheres hospitalizadas com idade superior a 40 anos.

A menorragia sem menstruação irregular foi fortemente relacionada com diabetes, insuficiência cardíaca, fibrilação atrial e eventos MACE. A menorragia com menstruação irregular mostrou fortes relações com fibrilação atrial e desfechos de doença coronariana entre hospitalizações femininas jovens.

O desequilíbrio hormonal em pacientes com menorragia pode causar anormalidades cardíacas, como hipóxia, inflamação e hemostasia prejudicada. O reparo menstrual e a hipóxia são afetados pela diminuição da expressão do fator alfa induzível por hipóxia (HIF-α), proliferação do músculo liso vascular e fator de crescimento transformador beta 1 (TGF-β1). Reduzir a exposição ambiental pode ajudar com problemas menstruais e risco de doenças cardiovasculares.

Exames regulares e rastreios para distúrbios menstruais, particularmente menorragia, podem ajudar na estratificação e gestão do risco de doenças cardiovasculares. A menorragia deve ser diagnosticada precocemente e tratada de forma ideal para minimizar resultados adversos.

Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.

Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.

Caso prefira, entre em contato diretamente com ele via e-mail:

 

 

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