A famosa TPM ou distúrbios pré-menstruais (DPMs) compreendem sintomas físicos e relacionados ao humor que ocorrem repetidamente em associação com a fase pré-menstrual do ciclo reprodutivo feminino. Embora se saiba que reduzem a qualidade de vida das mulheres afetadas e estão associados a um maior risco de pensamentos e intenções suicidas e de hipertensão, pouco se sabe sobre o seu impacto na vida das mulheres a longo prazo.
Um recente estudo procura preencher esta lacuna, explorando como os DPMs afetam o período da menopausa e a gravidade dos sintomas vasomotores da menopausa (SVM), como ondas de calor.
Os distúrbios pré-menstruais terminam com a menopausa. No entanto, não está claro se e como prevêem dificuldades durante a transição.
“Pesquisas anteriores mostram uma conexão entre abuso infantil, puberdade precoce, tabagismo, menopausa precoce, DPMs e VMS. Isto pode ser através das alterações no sistema neuroendócrino, com interações entre o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA) e o eixo hipotálamo-hipófise-gonadal (HPG). Tais fatores podem levar à menopausa precoce e à SVM mais grave. Temos de investigar a história completa de toda mulher!” – Indica o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).
O estudo incluiu mais de 1.200 mulheres com DPMs, sendo a idade média de 41 anos. O grupo controle tinha mais de 2.400 mulheres com uma idade média de 42 anos. A duração do acompanhamento neste estudo foi em média de 20 anos.
Mulheres com DPM apresentaram taxas mais altas de sobrepeso ou obesidade, menor escolaridade, tabagismo, uso de anticoncepcionais orais e depressão, ansiedade ou abuso infantil.
O risco de menopausa precoce (excluindo cirurgia ou associada ao câncer) aumentou mais de 2,5 vezes em mulheres com DPM.
É mais provável que o DPM faça com que os eixos HPA e HPG se tornem relativamente insensíveis. O menor feedback resultante da hipófise para os ovários resulta na menopausa precoce, reforçada pelos níveis mais elevados de inflamação associados à DPM. As citocinas inflamatórias fazem com que os folículos ovarianos se degenerem mais rapidamente e aceleram o início da menopausa.
As chances de SVM moderada a grave foram 70% maiores em mulheres com DPM, 68% das quais relataram isso versus 55% das mulheres sem DPM. Isto se traduz em um risco 20% maior de SVM moderada a grave em mulheres com DPM. As mulheres com DPM tinham 43% mais probabilidade de ter VMS durante cinco ou mais anos.
O maior risco de SVM moderada a grave ocorreu entre aquelas com histórico de transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM), com aumento do risco em 90%. Além disso, as ondas de calor foram três vezes mais prováveis em mulheres com DPM.
Tais associações com SVM podem refletir o aumento subjacente da sensibilidade às alterações hormonais, talvez devido à maior rigidez arterial que interfere no resfriamento adequado do corpo.
Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.
Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.
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