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Perder peso é bom?

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Hoje metade do mundo está fazendo alguma dieta para perder peso.
Mas existe um grupo de pessoas que está perdendo peso sem fazer dieta.

Quem nunca ouviu alguém dizer: “A vó está magrinha!” Será que isso é um sinal de alerta?!

O aumento da expectativa de vida que vivemos desde a revolução industrial mudou o cenário de doenças. Hoje uma em cada cinco mortes se deve ao câncer, as estimativas apontam para um crescimento de 122% de casos novos de 1996 a 2020 com uma previsão de ser a principal causa de morte no país em 2030!

Na maioria dos casos, o câncer é diagnosticado após o aparecimento dos sintomas. Entre os sintomas comuns na apresentação está a perda de peso não intencional, que tem sido associada a um maior risco de diagnóstico de câncer durante o subsequente de poucos meses.

Um recente estudo foi motivado pelo fato de os registos seriados de peso não terem sido explorados para produzir dados sobre a associação da perda de peso com o câncer e pela necessidade de incluir todos os diagnósticos de câncer num grande grupo. A intenção de perder peso também deve ser levada em consideração ao tentar quantificar a associação com o câncer.

Foram incluídos no estudo mulheres com idade mínima de 40 anos do Nurses’ Health Study, acompanhadas ao longo de 38 anos, e homens do Health Professionals Follow-Up Study, também com 40 anos ou mais, acompanhados por 28 anos. Todos os participantes foram verificados quanto à mudança de peso, conforme determinado pelos pesos registrados duas vezes por ano.

Os pesquisadores estratificaram a mudança de peso por intenção de fazê-lo, considerando mudanças na atividade física e na qualidade da dieta. Se ambos mudassem, era atribuída alta intencionalidade, com média e baixa intencionalidade se apenas um ou nenhum mudasse.

O estudo incluiu mais de 157.000 participantes, com idade média de 62 anos. Mais de 70% eram mulheres. O acompanhamento abrangeu um total de 1,64 milhões de pessoas-ano. Cerca de 5% dos pacientes com câncer recém-diagnosticados perderam 10% do peso corporal ou mais durante os 12 meses anteriores ao diagnóstico do câncer.

Durante este período cumulativo, ocorreram quase 16.000 novos diagnósticos de câncer, ou seja, 964 por 100.000 pessoas-ano. No entanto, a taxa de incidência aumentou para 1.300 por 100.000 pessoas-ano quando limitada àqueles diagnosticados dentro de 12 meses após mudança recente de peso, totalizando mais de 10% do peso corporal. Em contraste, entre aqueles que não perderam peso nos últimos 12 meses, a incidência de câncer foi de aproximadamente 870 por 100.000 PY.

Assim, houve um excesso de quase 500 casos por 100.000 pessoas-ano entre pessoas que perderam recentemente 10% ou mais do peso corporal.

Quando categorizados por intencionalidade, aqueles que perderam esta quantidade de peso nos últimos 12 meses com marcadores de baixa intencionalidade tiveram uma incidência de câncer de quase 2.300 por 100.000 pessoas-ano, mas apenas 1.200 por 100.000 pessoas-ano para aqueles que não perderam peso. Ou seja, houve quase 1.500 casos a mais de câncer recém-diagnosticados por 100.000 pessoas-ano entre aqueles que perderam peso sem querer.

“Os cânceres entre as pessoas que perderam peso tinham maior probabilidade de ocorrer no trato gastrointestinal superior, ou seja, esôfago, estômago, fígado e vias biliares, e pâncreas. Estes compreendiam 173 por 100.000 pessoas-ano na categoria de perda de peso recente, mas apenas 36 por 100.000 pessoas-ano entre os outros. Assim, houve um excesso de cerca de 140 casos por 100.000 pessoas-ano no grupo de perda de peso. Quanto maior a perda de peso, maior a taxa de incidência aumentou. As pessoas tem de ficar atentas quando elas mesmas ou algum familiar perde peso de forma não intencional. As únicas pessoas que têm uma proteção natural contra todos os tipos de câncer são as mulheres com lipedema.” – Analisa o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).

A perda de peso e um histórico de tabagismo também previram uma maior taxa de incidência de câncer do que a perda de peso sem histórico de tabagismo.

Entre as pessoas com 60 anos ou mais, mais de 3% das pessoas que perderam 10% ou mais do seu peso corporal involuntariamente seriam diagnosticadas com câncer nos próximos 12 meses.

“Pessoas com 60 anos ou mais com perda de peso inexplicável devem ser submetidos a avaliação para câncer” – Alerta.

Exceções importantes a esse padrão foram os cânceres de mama, trato urogenital, cérebro e melanoma.

Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.

Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.

Caso prefira, entre em contato diretamente com ele via e-mail:

 

 

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