Está todo mundo usando remédio para emagrecer. Devo começar também?

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Os conselhos sobre perda de peso estão em todos os lugares que você procura nas mídias sociais.

Hoje perder peso virou uma tendência. Somos bombardeados diariamente com “desafios”, tratamentos milagrosos, protocolos avançados entre outros nomes que são inventados a uma velocidade impressionante. O que ninguém fala é que ser saudável é totalmente diferente de parecer saudável.

As injeções que ajudam a aumentar a sensibilidade à insulina em pessoas com diabetes tipo 2, também suprimem o apetite, o que leva à perda de peso. Histórias de celebridades usando a droga para perder alguns quilos levaram a uma explosão de interesse.

Esse aumento do interesse gerou escassez do produto e um aumento das complicações devido ao uso sem orientação e prescrição médica.

As medicações com agonista do GLP-1 foram associadas a doenças da vesícula biliar e das vias biliares.

De acordo com uma recente revisão sistemática e meta-análise de 76 ensaios clínicos randomizados, o uso de agonistas do receptor do peptídeo 1 semelhante ao glucagon (GLP-1 RAs) foi associado a um maior risco de doenças biliares ou da vesícula biliar:

  • Colelitíase: RR 1,27 (IC 95% 1,10-1,47)
  • Colecistite: RR 1,36 (95% CI 1,14-1,62)
  • Doença biliar: RR 1,55 (95% CI 1,08-2,22)

Os resultados indicam que médicos e pacientes devem se preocupar com os riscos de doenças biliares ou da vesícula biliar com o uso de agonistas de GLP-1.

No entanto, o aumento do risco absoluto geral para doença biliar e da vesícula biliar com o uso de agonistas do receptor GLP-1 foi pequeno.

“A duração do uso também pareceu desempenhar um papel, pois os pacientes que estavam em um GLP-1 RA por períodos mais longos de tempo, mais de 26 semanas, tiveram um risco 40% maior de cálculo na vesícula biliar ou doença biliar. Quanto maior a dose e o período de uso, maiores as chances de apresentar complicações biliares. Essas medicações são seguras com orientação médica mas o seu uso sem prescrição pode ser perigoso e somente aumenta o preconceito dos médicos em relação ao uso de medicações anti-obesidade. Uma coisa é usar medicação com indicação e orientação. Outra coisa é esse uso desenfreado e exponencial.” – Alerta o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).

A decisão de iniciar, continuar ou alterar a dose de um agonista de GLP-1 deve ser tomada por meio de uma discussão colaborativa e individualizada entre um médico e um paciente.

As medicações para perda de peso podem e devem ser usadas mas somente com orientação de um profissional capacitado.

Embora a obesidade seja uma doença, a perda de peso ainda é tratada como uma questão estética e o sistema de saúde não arca com o custo destas medicações. Quando iniciadas as medicações é necessário pensar em um tratamento contínuo pois a recuperação de peso é muito comum quando a medicação é suspensa. Uma vigilância contínua também é necessária.

Por isso, antes de iniciar a medicação é necessário entender que é um tratamento de longo prazo e com um custo alto. Parar o tratamento por falta de condições financeiras é algo muito comum. Usar uma medicação para entrar em um vestido não deve ser considerada uma atitude saudável ou positiva para a saúde.

Nossa cultura ainda trata a obesidade como uma falha moral, falta de força de vontade. A obesidade, assim como o lipedema, não é apenas uma doença da gordura. É algo muito complexo. Medicamentos não são a saída mais fácil mas devem ser utilizados e prescritos com orientação de médico capacitado.

Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.

Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.

Caso prefira, entre em contato diretamente com ele via e-mail:

 

 

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