O Myocardial Strain é uma medida de deformação do miocárdio durante o ciclo cardíaco, calculada como a mudança na comprimento das fibras miocárdicas. Ele pode ser avaliado por ecocardiografia com rastreamento speckle (STE) ou ressonância magnética cardíaca (CMRI) e tem sido cada vez mais usado na avaliação da função cardíaca.
Principais vantagens do strain:
Detecta disfunção cardíaca precoce, antes mesmo da redução na fração de ejeção (LVEF).
Diferencia tipos de cardiomiopatia e monitora progressão da doença cardíaca.
Prediz eventos cardiovasculares adversos com maior precisão do que a fração de ejeção ventricular esquerda (LVEF).
Os principais métodos incluem: Ecocardiografia Speckle Tracking (STE) → Mais acessível e amplamente usada. Ressonância Magnética Cardíaca (CMRI) → Considerada o padrão-ouro para avaliação precisa. Doppler Tecidual (TDI) → Técnica mais antiga, mas menos precisa do que STE.
2. Tipos de Strain
Longitudinal Strain → Mede a deformação das fibras longitudinais do ventrículo esquerdo. É o mais sensível para detectar disfunção miocárdica precoce. Circunferencial Strain → Mede o encurtamento da circunferência ventricular. Radial Strain → Mede a espessura da parede ventricular durante a contração. Strain Rate → Mede a velocidade de deformação miocárdica, útil para avaliar função diastólica.
Aplicações Clínicas do Strain
Diagnóstico Precoce de Doença Cardíaca
Detecta disfunção subclínica antes da redução da fração de ejeção.
Diferencia miocardite, cardiomiopatia hipertrófica, dilatada e restritiva.
Avaliação de Doença Arterial Coronariana
O strain longitudinal reduzido indica isquemia miocárdica precoce.
Ajuda na estratificação de risco após infarto do miocárdio.
Monitoramento de Doença Cardíaca em Pacientes Oncológicos (Cardio-Oncologia)
Quimioterapias cardiotóxicas (ex.: antraciclinas, trastuzumabe) podem reduzir o strain antes da queda na LVEF.
Redução de >15% no strain longitudinal global (GLS) indica cardiotoxicidade precoce.
“Este exame é excelente para estratificação de risco em populações saudáveis e pessoas que utilizam ou já utilizaram esteroides anabolizantes. Redução do strain pode prever hipertrofia ventricular esquerda e insuficiência cardíaca futura. Pode ser útil no rastreamento de atletas e pacientes com hipertensão arterial. Ele deveria ser mais solicitado do que é usualmente.” – Indica o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).
Limitações e Desafios
Dependência da Qualidade da Imagem → Necessita de imagens de alta qualidade para análise precisa. Variação entre Equipamentos e Softwares → Resultados podem diferir entre máquinas e algoritmos. Curva de Aprendizado → Avaliação exige treinamento para garantir reprodutibilidade e interpretação correta.
Conclusão
O Ecocardiograma com Strain é um avanço significativo na cardiologia! Ele permite diagnóstico precoce, melhora a estratificação de risco cardiovascular e possibilita um monitoramento mais eficaz de doenças cardíacas. Seu uso crescente na prática clínica pode aprimorar significativamente o cuidado com pacientes cardíacos e oncológicos.
Mensagem-chave: O ecocardiograma com strain deve ser incorporado como uma ferramenta padrão na avaliação cardíaca, pois oferece maior precisão e detecção precoce da disfunção miocárdica em comparação com a fração de ejeção tradicional.
Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.
Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.
Caso prefira, entre em contato diretamente com ele via e-mail:
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