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Você dá o seu celular ou tablet para seus filhos de menos de 5 anos de idade?

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Melhor repensar essa estratégia

O uso de tecnologias é frequente e faz parte da realidade de todos. Mas cada vez mais adultos usam a tecnologia para acalmar as crianças, mas isso não traz bons resultados.

O uso frequente de dispositivos como smartphones e tablets para acalmar crianças chateadas de 3 a 5 anos foi associado ao aumento da desregulação emocional em crianças, principalmente em meninos, de acordo com um estudo no JAMA Pediatrics.

Usar dispositivos móveis para acalmar uma criança pequena pode parecer uma ferramenta inofensiva e temporária para reduzir o estresse em casa, mas pode haver consequências de longo prazo se for uma estratégia regular. Particularmente na primeira infância, os dispositivos podem deslocar as oportunidades de desenvolvimento de métodos independentes e alternativos de autorregulação.

O estudo incluiu 422 pais e 422 crianças de 3 a 5 anos que participaram entre agosto de 2018 e janeiro de 2020, antes do início da pandemia. Os pesquisadores analisaram as respostas dos pais e cuidadores à frequência com que usaram dispositivos como uma ferramenta calmante e associações a sintomas de reatividade emocional ou desregulação durante um período de seis meses.

Sinais de aumento da desregulação podem incluir mudanças rápidas entre tristeza e excitação, uma mudança repentina de humor ou sentimentos e impulsividade aumentada.

Os resultados sugerem que a associação entre dispositivos calmantes e consequências emocionais foi particularmente alta entre meninos e crianças que já podem experimentar hiperatividade, impulsividade e um temperamento forte que os torna mais propensos a reagir intensamente a sentimentos como raiva, frustração e tristeza.

“Os pais podem sentir alívio imediato ao usar dispositivos se reduzirem de forma rápida e eficaz os comportamentos negativos e desafiadores das crianças. Isso é gratificante para pais e filhos e pode motivá-los a manter esse ciclo. O hábito de usar dispositivos para lidar com comportamentos difíceis se fortalece com o tempo, à medida que as demandas da mídia infantil também se fortalecem. Quanto mais os dispositivos são usados, menos as crianças e seus pais irão utilizar outras estratégias de enfrentamento.” – Argumenta o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).

Há momentos em que os pais podem usar dispositivos estrategicamente para distrair as crianças, como durante viagens ou multitarefas no trabalho. Embora o uso ocasional de mídia para ocupar as crianças seja esperado e realista, é importante que não se torne uma ferramenta calmante primária ou regular.

No entanto, devemos utilizar e incentivar métodos alternativos de regulação emocional:

Técnicas sensoriais

As crianças pequenas têm seus próprios perfis únicos de quais tipos de informações sensoriais as acalmam. Isso pode incluir balançar, abraçar ou pressionar, pular em um trampolim, espremer massa nas mãos, ouvir música ou olhar para um livro, ou frasco de brilho. Se você perceber que seu filho está ficando impaciente, canalize essa energia em movimentos corporais ou abordagens sensoriais.

Nomeie a emoção e o que fazer a respeito

Quando os pais rotulam o que acham que seu filho está sentindo, ambos ajudam a criança a conectar a linguagem aos estados de sentimento, mas também mostram à criança que eles são compreendidos. Quanto mais os pais ficarem calmos, eles poderão mostrar às crianças que as emoções são “mencionáveis e administráveis”. Utilizar cores para identificar o humor também ajuda: verde para calmo, amarelo para irritado e vermelho para explosivo. Perguntar a criança o que podemos fazer para ir do vermelho para o verde é uma forma de ajudar ela a aprender a se controlar.

Ofereça comportamentos de substituição

As crianças podem mostrar alguns comportamentos bastante negativos quando estão chateadas, e é um instinto normal querer que isso pare. Mas esses comportamentos estão comunicando emoções. Portanto, as crianças podem precisar aprender um comportamento substituto mais seguro ou de solução de problemas. Isso pode incluir o ensino de uma estratégia sensorial (“bater machuca as pessoas; você pode bater neste travesseiro”) ou uma comunicação mais clara (“se você quer minha atenção, apenas encoste no meu braço e diga ‘com licença, mãe’”).

Os pais também podem evitar acessos de raiva relacionados à tecnologia definindo cronômetros, dando às crianças expectativas claras de quando e onde os dispositivos podem ser usados e usando aplicativos ou serviços de vídeo que tenham pontos de parada claros e não apenas reproduzam automaticamente ou deixem a criança continuar rolando.

Quando as crianças estão calmas, os cuidadores também têm a oportunidade de ensinar habilidades de enfrentamento emocional. Por exemplo, eles podem conversar com eles sobre como seu bichinho de pelúcia favorito pode estar se sentindo e como eles lidam com suas grandes emoções e se acalmam. Esse tipo de discussão lúdica usa a linguagem das crianças e ressoa com elas.

Usar um dispositivo móvel como calmante não ensina uma habilidade, apenas distrai a criança de como ela está se sentindo. Crianças que não desenvolvem essas habilidades na primeira infância têm maior probabilidade de ter dificuldades quando estressadas na escola ou com colegas à medida que envelhecem.

Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.

Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.

Caso prefira, entre em contato diretamente com ele via e-mail:

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