Remédio para tosse vs Parkinson

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Um recente estudo investigou se o Ambroxol — um medicamento para tosse utilizado com segurança há décadas — pode retardar a demência em pessoas com doença de Parkinson.

Publicado em 30 de junho na renomada revista JAMA Neurology, o estudo clínico de 12 meses envolveu 55 participantes com demência associada ao Parkinson (PDD) e avaliou memória, sintomas psiquiátricos e níveis de GFAP, um marcador sanguíneo relacionado a danos cerebrais. A demência na doença de Parkinson causa perda de memória, confusão, alucinações e alterações de humor. Cerca de metade dos pacientes com Parkinson desenvolve demência em até 10 anos, impactando profundamente os pacientes, suas famílias e o sistema de saúde.

O estudo administrou Ambroxol diariamente a um grupo, enquanto o outro recebeu placebo. O objetivo era modificar a progressão da demência no Parkinson. Este estudo inicial oferece esperança e estabelece uma base sólida para pesquisas maiores.

Principais achados do ensaio clínico:

  • O Ambroxol foi seguro, bem tolerado e atingiu níveis terapêuticos no cérebro;
  • Os sintomas psiquiátricos pioraram no grupo placebo, mas permaneceram estáveis nos participantes que tomaram Ambroxol;
  • Indivíduos com variantes de alto risco no gene GBA1 apresentaram melhora cognitiva com o uso de Ambroxol;
  • O marcador de dano cerebral (GFAP) aumentou no grupo placebo, mas permaneceu estável com Ambroxol, sugerindo possível proteção cerebral. Os resultados são surpreendentes com uma medicação simples e barata.

“Os tratamentos atuais para Parkinson e demência atuam apenas nos sintomas, sem interromper o avanço da doença. Esses resultados sugerem que o Ambroxol pode proteger a função cerebral, especialmente em pessoas com predisposição genética. Trata-se de uma via terapêutica promissora, onde atualmente há poucas opções.” – Explica o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).

O Ambroxol atua apoiando uma enzima-chave chamada glucocerebrosidase (GCase), produzida pelo gene GBA1. Em pessoas com Parkinson, os níveis de GCase são frequentemente baixos. Quando essa enzima não funciona adequadamente, resíduos se acumulam nas células cerebrais, causando danos.

“Um dos autores do estudo conheceu o Ambroxol durante um período no Hospital for Sick Children (SickKids) em Toronto, onde o medicamento foi identificado como tratamento para a doença de Gaucher — um distúrbio genético raro em crianças causado pela deficiência de GCase.

Atualmente, ele está aplicando esse conhecimento para investigar se estimular a GCase com Ambroxol pode ajudar a proteger o cérebro em doenças relacionadas ao Parkinson. Essa pesquisa é fundamental porque a demência no Parkinson afeta profundamente os pacientes e suas famílias. Se um medicamento como o Ambroxol puder ajudar, isso pode representar uma verdadeira esperança e melhorar vidas.” – Comenta.

Financiado pela Weston Foundation, este estudo representa um passo importante rumo ao desenvolvimento de novos tratamentos para o Parkinson e outros distúrbios cognitivos, incluindo a demência com corpos de Lewy. Pasternak e sua equipe planejam iniciar ainda este ano um novo ensaio clínico focado especificamente na cognição.

Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.

Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.

Caso prefira, entre em contato diretamente com ele via e-mail:

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