young-blonde-woman

Teste de intolerância alimentar

Rate this post

Um recente estudo investigou o papel controverso dos anticorpos IgG específicos para alimentos — particularmente da subclasse IgG4 — como marcadores de tolerância imunológica ou intolerância alimentar, com base em uma revisão abrangente da literatura científica.

🔍 Metodologia

Revisão narrativa não sistemática de publicações em bases como PubMed, Scopus, EMBASE, entre outras, incluindo documentos de sociedades médicas de alergia e gastroenterologia. Foram incluídos estudos até março de 2025, em inglês, espanhol, francês e alemão.

🧬 Pontos Principais e Achados

1. IgG como Tolerância Imunológica

IgG4 pode ser resposta adaptativa normal à exposição repetida a alimentos, especialmente em mucosas.
Pode promover tolerância oral, associada a células T reguladoras.
Níveis elevados de IgG4 são comuns em indivíduos saudáveis, sem sintomas adversos.

2. IgG como Indicador de Intolerância ou Inflamação

Encontrado em pacientes com doenças inflamatórias e maior permeabilidade intestinal, como:
Síndrome do intestino irritável (IBS)
Doença inflamatória intestinal (IBD)
Esôfago eosinofílico (EoE)
Dermatite atópica
Enxaqueca
Doenças autoimunes (Hashimoto, artrite reumatoide)

📊 Dados Relevantes por Condição Clínica

📌 Síndrome do Intestino Irritável (IBS)

Diversos estudos mostram elevação de IgG contra alimentos em pacientes com IBS.
Dietas de eliminação guiadas por IgG melhoraram sintomas em alguns estudos.
📌 Doença Inflamatória Intestinal (DII)

Crohn: níveis mais elevados de IgG contra alimentos como tomate, milho, ovos, leite.
Colite ulcerativa: achados inconsistentes.

📌 Dermatite Atópica

Níveis elevados de IgG para leite, ovo e trigo em algumas crianças.
Correlações fracas com gravidade clínica.

📌 Autismo

Elevada IgG contra glúten, caseína e soja em crianças com autismo.
Relação possível com hiperpermeabilidade intestinal (“leaky gut”).

📌 Enxaqueca

Eliminação de alimentos com base em IgG reduziu frequência e intensidade em alguns estudos.
Outros estudos não encontraram benefício significativo.

📌 Doenças Autoimunes

Hashimoto: altos níveis de IgG para ovo, leite, trigo, mas sem clara associação causal.
Artrite reumatoide: evidência inconsistente.

⚠️ Críticas e Limitações

Testes de IgG não são recomendados por sociedades médicas (EAACI, AAAAI, CSACI) para diagnóstico de alergia ou intolerância alimentar. Mas isso não significa que eles não têm validade!
A presença de IgG pode indicar apenas exposição alimentar e não necessariamente patologia.
Alta prevalência em indivíduos assintomáticos reduz especificidade diagnóstica.

🧾 Conclusão

“ A interpretação clínica da IgG alimentar deve ser cautelosa. Dietas de eliminação baseadas em IgG podem beneficiar subgrupos específicos, mas a evidência ainda é insuficiente para recomendação clínica ampla. As mulheres com lipedema podem se beneficiar muito de uma dieta baseada no IgG, mas não é um exame recomendado para todas.” – Analisa o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).

Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.

Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.

Caso prefira, entre em contato diretamente com ele via e-mail:

Leave A Comment

Your email address will not be published. Required fields are marked *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.