Você escuta bem?

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🔊 O som não entra apenas pelos seus ouvidos – ele pode realmente “conversar” com suas células.

Uma nova pesquisa da Universidade de Kyoto mostra que ondas acústicas, mesmo aquelas na faixa audível, podem alterar o comportamento celular. Usando equipamentos especialmente desenvolvidos, os cientistas descobriram que o som pode suprimir a formação de células de gordura e influenciar a atividade genética. Essas descobertas surpreendentes abrem caminho para tratamentos não invasivos que utilizam o som para afetar nosso corpo em nível celular.

🔉 Um som que você pode sentir

Você provavelmente já sentiu isso — ao ficar perto de um avião decolando ou ao lado de caixas de som potentes em um show — quando o som se torna tão intenso que parece vibrar por todo o seu corpo. Nesses momentos, você não está apenas ouvindo com os ouvidos — seu corpo inteiro sente o som. E, como sugere essa nova pesquisa, suas células podem realmente estar respondendo a ele também.

No essencial, o som é composto por ondas mecânicas — compressões e rarefações — que se propagam através de substâncias como o ar, a água ou os tecidos. Ele é uma característica fundamental do mundo físico e uma fonte crucial de informação para os organismos vivos. Mas os cientistas estão apenas começando a entender como o som também pode influenciar o corpo em nível celular.

🔬 Investigando os efeitos do som sobre as células

Com base em um trabalho anterior de 2018, pesquisadores da Universidade de Kyoto estão explorando como as células respondem ao som, inspirados pelos avanços da mecanobiologia e por estudos sobre o som conduzido pelo corpo — ou seja, como as vibrações se movem através dos tecidos. Os achados sugerem que a pressão gerada pelas ondas sonoras pode ser suficiente para desencadear respostas dentro das próprias células.

🧪 Como o experimento funcionou

A equipe primeiro instalou um transdutor de vibração de cabeça para baixo em uma prateleira. Depois, usando um reprodutor de áudio digital conectado a um amplificador, eles enviaram sinais sonoros através do transdutor para um diafragma acoplado a uma placa de cultura celular. Isso permitiu que os pesquisadores emitissem pressão acústica na faixa de sons fisiológicos diretamente sobre as células cultivadas.

Após o experimento, os pesquisadores analisaram os efeitos do som sobre as células usando sequenciamento de RNA, microscopia e outros métodos. Os resultados revelaram respostas celulares específicas à estimulação acústica na faixa audível.

🧈 Suprimindo a formação de células de gordura

Em particular, a equipe observou que o som suprimiu significativamente a diferenciação de adipócitos — o processo pelo qual pré-adipócitos se transformam em células de gordura — revelando a possibilidade de usar o som para controlar estados celulares e teciduais.

A equipe de pesquisa também identificou cerca de 190 genes sensíveis ao som, observou o efeito do som no controle da atividade de adesão celular, e documentou o mecanismo subcelular através do qual os sinais sonoros são transmitidos.

🧠 Repensando a percepção do som

“Além de fornecer evidências convincentes de que as células percebem o som, este estudo também desafia o conceito tradicional de que a percepção sonora nos seres vivos depende apenas de órgãos receptores, como o ouvido e o cérebro. As pessoas precisam entender que o corpo responde e estímulos, inclusive sonoro. As palavras podem mudar o nosso DNA. Sempre falo para as mulheres com lipedema serem leves consigo mesmas, pois isso auxilia o tratamento. Como o som é imaterial, a estimulação acústica é uma ferramenta não invasiva, segura e imediata, e provavelmente trará benefícios à medicina e à saúde” – Conclui o Dr. Daniel Benitti.

Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.

Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.

Caso prefira, entre em contato diretamente com ele via e-mail:

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