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Conexão intestino-cérebro no autismo

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Estudos mostram que crianças com pais mais velhos correm maior risco de certos distúrbios, especificamente autismo e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).

Um estudo na Molecular Psychiatry de mais de 5,7 milhões de crianças em cinco países encontrou uma ligação entre pais mais velhos e autismo.

Os pesquisadores mostraram que a chance de ter um filho com autismo era 28% maior entre os pais na faixa dos 40 anos e 66% maior para os homens na faixa dos 50 anos, em comparação com os pais com menos de 30 anos.

Os cientistas sugeriram que o esperma envelhecido, que tem um número maior de mutações que também são transmitidas à criança, pode ser um elemento-chave na ligação entre pais mais velhos e maior risco de autismo.

Muitas pessoas com transtornos do espectro do autismo também experimentam inflamação gastrointestinal incomum, os cientistas estão começando a desvendar como essas condições podem estar ligadas.

Pesquisadores da Harvard Medical School e do MIT, descobriram que infecções durante a gravidez podem levar a altos níveis da molécula de sinalização inflamatória interleucina-17a (IL-17a), que pode afetar não apenas o desenvolvimento do cérebro no feto, mas também alteram o microbioma materno de forma a preparar o sistema imunológico do recém-nascido para futuros ataques inflamatórios.

A IL-17a elevada durante a gravidez atua nos receptores neurais em uma região específica do cérebro fetal para alterar o desenvolvimento do circuito, levando a sintomas comportamentais semelhantes ao autismo.

Crianças com autismo parecem ter uma variedade e volume distintos e subdesenvolvidos de bactérias intestinais (microbioma) que não estão relacionados à sua dieta, sugere um estudo publicado na revista Gut.

Eles têm significativamente menos bactérias ligadas à atividade do neurotransmissor e 5 espécies de bactérias que normalmente não são encontradas no intestino de crianças sem a condição, sugerindo que pode haver um perfil microbiano característico para o autismo, que pode abrir caminho para o tratamento precoce.

“Além dos fatores genéticos, foi sugerido que o microbioma intestinal pode ter um papel a desempenhar nos transtornos do espectro do autismo. E as evidências sugerem que o caminho entre as bactérias intestinais e o sistema nervoso central, conhecido como eixo intestino-cérebro, tem um efeito profundo nos comportamentos sociais. Muitas pessoas com distúrbios do espectro do autismo também apresentam inflamação gastrointestinal incomum, esse mecanismo está começando a ser entendido e isto está gerando novas opções de tratamento.” – Explica o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).

As amostras de fezes de crianças com autismo apresentam uma quantidade maior de bactérias Clostridium, Dialister e Coprobacillus, enquanto Faecalibacterium é significativamente menor. Várias espécies de Clostridium em crianças com autismo interagem intimamente umas com as outras e formam um grupo conectado. Espécies de Clostridia têm sido associadas ao autismo através da produção de toxinas clostridiais que podem danificar o sistema nervoso central.

É importante ressaltar que as bactérias associadas às atividades dos neurotransmissores são substancialmente reduzidas em crianças com autismo.

Em um recente symposium do Journal of the American Academy of Child  & Adolescent psychiatry mostrou-se que uma variedade de micróbios e metabólitos estão correlacionados com variáveis comportamentais associadas a sintomas gastrointestinais em crianças com autismo.

Além disso, a terapia de transplante microbiano em 18 crianças com autismo foi associada com melhora clínica significativa, mantida até 2 anos depois!

A evidência de um eixo microbiota-intestino-cérebro continua a crescer.

Isso é de particular relevância para indivíduos com autismo, com ou sem sintomas gastro-intestinais, já que a manipulação da microbiota intestinal pode servir como uma nova forma de intervenção. Essa informação deve ser mais divulgada pois muitos podem se beneficiar disso em seus tratamentos.

OBS:

Os pesquisadores também observaram que algumas pessoas com autismo poderiam ter uma barreira hemato encefálica mais permeável, o que permite que algumas bactérias tóxicas subprodutos entrem na corrente sanguínea e alcance o cérebro. Por isso, tem-se sugerido a retirada do glúten em crianças autistas.

Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.

Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.

Caso prefira, entre em contato diretamente com ele via e-mail:

 

 

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