A demência é uma síndrome caracterizada pelo declínio das funções cognitivas, emocionais e sociais. As intervenções farmacológicas disponíveis têm efeitos limitados sobre esses sintomas. No entanto, a receptividade à música pode persistir até os estágios avançados da doença, tornando as terapias baseadas em música uma alternativa promissora para o tratamento.
Um recente estudo revisa 30 ensaios clínicos randomizados (n=1.720 participantes), avaliando os efeitos da terapia musical em pessoas com demência.
Objetivos do Estudo
Avaliar se as intervenções baseadas em música influenciam: Bem-estar emocional e qualidade de vida Sintomas depressivos e ansiedade Problemas comportamentais (agitação e agressividade) Interação social Cognição (memória e pensamento) Efeitos a longo prazo
Métodos
Foram analisados 30 estudos em 15 países. 28 estudos com 1.366 participantes contribuíram para meta-análises. Estudos incluíram participantes com diferentes graus de demência, a maioria vivendo em instituições de longa permanência. Terapia individual e em grupo foram analisadas.
Critérios de inclusão: Estudos randomizados controlados Intervenções com pelo menos 5 sessões Comparação com cuidados habituais ou outras atividades
Principais Resultados
Comparação entre Terapia Musical x Cuidados Habitualmente Oferecidos
Melhora moderada nos sintomas depressivos (Evidência de certeza moderada) Possível melhora nos problemas comportamentais (Evidência de baixa certeza) Nenhuma melhora significativa na agitação/agressão (Evidência de certeza moderada) Nenhum efeito significativo em bem-estar emocional, ansiedade, cognição ou comportamento social (Evidência de baixa certeza) Não houve efeitos prolongados após o término da intervenção
“ A música é uma linguagem universal que toca a alma e pode transformar a experiência de vida de quem enfrenta a demência. Vamos utilizar esse recurso para trazer mais alegria e conexão ao cotidiano dessas pessoas!” – Recomenda
A terapia musical pode ser útil como tratamento complementar para pessoas com demência, mas seus benefícios parecem transitórios. O efeito mais consistente foi na redução da depressão, sem impacto claro em cognição ou bem-estar emocional a longo prazo. Mais estudos são necessários para entender como a música pode ser aplicada de maneira mais eficaz no cuidado de pessoas com demência.
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