O que você come e como você come pode afetar a frequência com que você sente fome.
Ficar constantemente com fome pode ser causado pela falta de proteínas, fibras e gordura em sua dieta. Não dormir o suficiente ou estar estressada também pode afetar o seu apetite.
A fome normalmente começa depois de duas horas desde a última vez que você comeu uma refeição. Isso é fisiológico e faz parte do nosso mecanismo de sobrevivência. Por outro lado, temos a fome emocional. Ela não mostra quaisquer sinais físicos. Isso é quando você pode sentir desejo por certos alimentos. Cerca de 90% das pessoas acabam em algum momento fazendo uma alimentação emocional.
“Se você está procurando por comida e a comida não te satisfaz é porque você está alimentando uma fome emocional. A frase típica de quem está se alimentando de forma emocional é: ‘eu quero um doce. Eu quero uma coxinha.’. Ou qualquer outro alimento reconfortante. Isso não é fome e devemos prestar mais atenção ao que está ocorrendo. O estresse acompanhado da privação de sono é a principal causa da alimentação emocional. Períodos prolongados de estresse ativam as áreas do cérebro relacionadas à compulsão. Mas, também pode ser devido a uma alimentação inadequada em relação ao consumo de proteínas, fibras e gorduras ou a uma dieta hipocalórica excessiva”, explica o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular que atende em São Paulo, Campinas e a distância.
A proteína é um dos três macronutrientes que o seu corpo precisa. Os outros são carboidratos e gorduras. Quando usados juntos em uma refeição, eles podem ajudar a abastecer o seu corpo e mantê-lo se sentindo satisfeito.
Por exemplo, uma refeição rica em carboidratos fará com que o açúcar suba e depois diminua, levando à fome.
Quando você inclui proteína com um carboidrato complexo, diminui a taxa de glicose. Isso significa que você terá um aumento gradual e depois uma diminuição gradual, o que o fará se sentir mais saciada e satisfeita.
Quando falamos em proteína a primeira coisa que as pessoas pensam é carne. Mas, vegetais, laticínios como iogurte, leite e queijo, ovos, peixe, feijão, tofu, sementes e nozes também têm proteínas.
Cuidado com alimentos feitos com carboidratos refinados, como farinha branca ou arroz branco, além de alimentos como doces e salgadinhos que contêm carboidratos refinados. Esses ingredientes foram processados e perdem muitos dos nutrientes e fibras. Comer muitos carboidratos refinados não deixa você se sentindo satisfeita por muito tempo. Na verdade, ele aumenta o açúcar no sangue e, quando cai, você fica com fome de novo. Vira um círculo vicioso.
“Temos a tendência de desejar carboidratos e açúcar, porque toda vez que comemos um pouco, nosso nível de energia aumenta. Então, quando você está estressada, seu cérebro precisa de energia de forma rápida, pois ele não guarda energia. A fonte mais rápida são estes alimentos, mas logo o nível de açúcar cai novamente e você fica com fome. Porém, o seu corpo sofreu muito para guardar todo o açúcar que você consumiu e, por isso, você está sempre cansada. Você fica dependente desta fonte de energia e não usa mais as suas fontes naturais, como a sua própria gordura, que na verdade começa a aumentar”, alerta o Dr. Daniel Benitti.
Adicionar alimentos com alto teor de ácidos graxos ômega-3, como salmão, atum, sardinha, nozes ou semente de linhaça, pode ajudar com o apetite. Mas se você não tem gordura saudável em sua dieta, isso pode levar ao desejo de carboidratos e alimentos ricos em açúcar. Portanto, considere o equilíbrio do que você come. Tudo remete à necessidade desses três macronutrientes para se sentir completo e satisfeito.
O nosso corpo precisa e gosta muito de fibras, mas infelizmente a maioria das pessoas não ingere a quantidade adequada. A fibra é boa por muitos motivos. Quando se trata de fome, procure alimentos ricos em fibras, como frutas, vegetais, lentilhas, feijão e aveia para ajudar a liberar hormônios que reduzem o apetite.
A fibra, quando chega no estômago, se expande. Isso estimula a sensação de estar satisfeita com nenhuma caloria, além de trazer diversos outros benefícios para a sua saúde.
É normal ficar irritada quando estamos com fome ou é apenas frescura? Isso tem relação com Lipedema?
Muitos de nós sentimos que estamos com fome, quando na verdade estamos apenas com sede. Beber água ao longo do dia irá mantê-la hidratada e, potencialmente, sem fome.
Muitas pessoas tomam mais café do que água durante o período de trabalho para manter o foco, mas o corpo está todo estressado e precisa de mais energia para poder trabalhar. Isso aumenta a vontade de comer e se inicia outro círculo vicioso.
Você tem tomado água durante o dia? O ideal é beber 2 litros por dia!
Estresse e privação do sono
Sem dúvidas estes são os agentes mais nocivos na alimentação e metabolismo de qualquer pessoa.
Muitos de nós recorremos à comida quando estamos estressados, em vez de lidar com a fonte das nossas emoções.
Encontre um meio de aliviar o estresse sem usar alimentos para isso. Faça atividade física – qualquer uma. Temos o costume de não fazer atividade física quando tivemos um dia difícil e comemos alimento reconfortante para “compensar”. Contudo, deveria ser o oposto.
Encontre algo de que goste e, se ficar estressada no meio do dia, afaste-se da mesa por cinco minutos, saia e tome um pouco de ar fresco. Respire. Pratique a respiração diafragmática.
Você não vai conseguir ignorar a emoção, mas deve aprender a manejar o estresse com algo diferente de comida.
Se você não priorizar a sua qualidade do sono, você vai comer mais e ganhar peso. O sono ajuda a regular a grelina, um hormônio que estimula o apetite. Não dormir o suficiente aumenta a grelina, levando você a sentir fome, quando, na verdade, está precisando dormir. Além disso, uma noite de sono mal dormida diminui o seu metabolismo em torno de 20%.
O sono é o meio mais eficiente para fazer com que o sistema do corpo se cure e se regenere. Priorize a qualidade do seu sono.
Medicação
Apenas 1% das pessoas obesas usam algum tipo de medicação para tratar a obesidade. Devemos lembrar que a obesidade é um mecanismo complexo que gera também um aumento do apetite. Temos hoje no mercado diversas medicações que podem ajudar no controle do apetite.
“Infelizmente, ainda temos muitos tabus em relação às medicações para obesidade e muitas vezes elas são prescritas de forma irresponsável. Temos de entender que elas podem, sim, ser uma ferramenta importante e o seu uso de forma responsável pode ser feito de forma segura e eficiente. O estudo dos seus mecanismos de ação permite sinergismo das mesmas em doses baixas o que minimiza os efeitos colaterais”, indica o Dr. Daniel Benitti.
Converse com o seu médico de confiança antes de iniciar qualquer medicação e, por favor, não faça nenhum uso de automedicação.
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Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.
Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.
Caso prefira, entre em contato diretamente com ele via e-mail:
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