Ultimamente você escuta o tempo todo para comer menos alimentos processados, certo? Mas, afinal, o que são alimentos processados, minimamente processados e ultraprocessados?
Alimentos não processados ou minimamente processados
Alimentos não processados ou minimamente processados são integrais, nos quais as vitaminas e os nutrientes ainda estão intactos. A comida está em seu estado natural (ou quase natural). Esses alimentos podem ser minimamente alterados pela remoção de peças não comestíveis, secagem, trituração, torrefação, ebulição, congelamento ou pasteurização, para torná-los adequados para armazenamento e consumo seguro. Dentre eles: cenouras, maçãs, frango cru, melão e nozes cruas e sem sal.
Alimentos processados
O processamento altera o alimento de seu estado natural e são feitos essencialmente pela adição de sal, óleo, açúcar ou outras substâncias. Exemplos incluem peixe enlatado ou legumes enlatados, frutas em calda e pães frescos. A maioria dos alimentos processados tem dois ou três ingredientes.
Alimentos altamente processados ou ultraprocessados
Alguns alimentos são altamente processados ou ultraprocessados. Eles provavelmente têm muitos ingredientes adicionados, como açúcar, sal, gordura e cores ou conservantes artificiais, sendo feitos principalmente de substâncias extraídas de alimentos, como gorduras, amidos, açúcares adicionados e gorduras hidrogenadas. Os alimentos ultraprocessados também podem conter aditivos, como cores e sabores artificiais ou estabilizadores. Exemplos são refeições congeladas, refrigerantes, fast-food, biscoitos embalados, bolos e lanches salgados.
“De acordo com alguns estudos, os alimentos ultraprocessados são a principal fonte de calorias consumidas e contribuem com quase 90% da energia que obtemos com açúcar adicionado. Eles favorecem a inflamação do organismo, piorando os sintomas de artrite, lipedema e intestino irritável”, explica o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular que atende em São Paulo e em Campinas.
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Estudo
Um estudo recente realizado com 20 adultos obesos comparou os efeitos de uma dieta ultraprocessada com os de uma dieta não processada na ingestão de calorias e ganho de peso.
Para isso, cada participante recebeu uma dieta ultraprocessada e uma dieta não processada por 14 dias cada. As refeições foram combinadas nas dietas para calorias totais, gordura, carboidratos, proteínas, fibras, açúcares e sódio. A grande diferença foi a fonte de calorias: na fase da dieta ultraprocessada 83,5% das calorias vieram de alimentos ultraprocessados, enquanto na fase da dieta não processada 83,3% das calorias vieram de alimentos não processados.
Após as análises, os pesquisadores descobriram que os participantes consumiam cerca de 500 calorias a mais por dia na dieta ultraprocessada do que na não processada. O período da dieta ultraprocessada foi marcado por um aumento na ingestão de carboidratos e gorduras, mas não de proteínas. Os participantes ganharam em média dois quilos durante a fase da dieta ultraprocessada e perderam dois quilos durante a fase da dieta não processada.
Percebe-se, então, que limitar os alimentos ultraprocessados pode ser uma estratégia eficaz para prevenir e tratar a obesidade.
Outro estudo examinou registros dietéticos de mais de 100 mil pessoas durante um período de cinco anos. Eles descobriram que aqueles que consumiam mais alimentos ultraprocessados tinham mais riscos de doenças cardiovasculares, doenças coronárias, doenças cerebrovasculares e câncer, principalmente de mama.
Alerta para a sua saúde!
“A frase ‘você é o que você come’ faz cada vez mais sentido. As pessoas precisam fazer uma reeducação alimentar. Não é necessário ir para nenhum extremo, simplesmente precisamos comer melhor e com mais consciência”, enfatiza o Dr. Daniel Benitti.
Sempre que possível, tente evitar ou limitar alimentos ultraprocessados. Considere os exemplos da tabela abaixo para ajudá-la a determinar rapidamente se um alimento é minimamente processado, processado ou ultraprocessado.
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Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.
Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.
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