O bisfenol A (BPA), usado para fazer alguns plásticos e resinas epóxi (parte interna de latas), é utilizado desde 1950 mas ganhou as manchetes por anos por causa de sua associação com um risco aumentado de obesidade, diabetes, pressão alta e doenças cardiovasculares em humanos.
O BPA é um dos vários bisfenóis, que são produtos químicos usados para endurecer plásticos. Como os bisfenóis podem imitar os hormônios reprodutivos do corpo, eles podem afetar a fertilidade e o momento da puberdade. Há evidências de que eles também podem aumentar a gordura corporal e afetar os sistemas nervoso e imunológico. Eles circulam livremente no nosso organismo pois não se ligam a proteínas plasmáticas e ativam diretamente os receptores de estrogênio.
Produtos químicos em plásticos representam um problema. Mas pedaços do material plástico podem representar outro risco. Muitas garrafas plásticas e copos com canudinho são feitos com o polipropileno plástico. E um estudo recente descobriu que garrafas feitas de polipropileno lançam milhões de partículas microscópicas de plástico no líquido que contêm. Quando os bebês bebem dessas garrafas, eles também ingerem as chamadas “micropartículas”.
Altos níveis de exposição ao BPA também são associados a um risco aumentado de morte prematura por qualquer causa, de acordo com um estudo publicado recentemente. Os cientistas analisaram as taxas de sobrevivência de cerca de 3.900 pessoas que forneceram informações de saúde e amostras de urina e foram seguidas por 10 anos. Pessoas com os níveis mais altos de BPA na urina tiveram um risco 51% maior de morrer durante esse período, principalmente de doenças cardíacas, em comparação com pessoas que tinham os níveis mais baixos de BPA. As descobertas não provam que o BPA causou morte prematura, mas aumentam as preocupações sobre a potencial toxicidade do BPA.
“ O BPA e produtos químicos relacionados são encontrados em muitos produtos, como garrafas de água, copos, selantes dentários, recibos de papel e revestimentos de latas e tubos de alimentos e bebidas, por isso é difícil evitá-los. No Brasil não existe legislação sobre o assunto. Somente mamadeiras e utensílios para bebe são obrigatórios serem livres de BPA e infelizmente muita gente não sabe o que é BPA. Precauções simples incluem confiar menos em alimentos enlatados e mais em alimentos frescos; evitar plásticos que não tenham escrito sem BPA, aquecer alimentos em microondas em recipientes de vidro ou cerâmica, usar tampa sem BPA; e procurando produtos, inclusive cápsulas de café sem BPA. O BPA piora muito o Lipedema!” – Explica o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).
A exposição ao BPA no útero afeta o comportamento de crianças principalmente meninas, as exposições in útero são mais importantes do que as exposições durante a infância. Exposições gestacionais, mas não na infância, ao BPA, podem afetar a função neurocomportamental, e as meninas parecem ser mais sensíveis ao BPA do que os meninos.
Reduza a exposição a microplásticos e produtos químicos plásticos
Considere alternativas
Você pode evitar completamente o plástico, trocando por garrafas de vidro ou aço inoxidável ou copos com canudinho livres de BPA
Evite altas temperaturas
O calor faz com que os plásticos liberem mais produtos químicos e partículas, portanto, evite situações de alta temperatura. Ignore a máquina de lavar louça e limpe as garrafas à mão em água morna (não quente) com sabão. E nunca aqueça garrafas de plástico no micro-ondas.
Concentre-se em alimentos frescos.
Quando puder, escolha frutas e vegetais frescos e inteiros.
Use produtos sem BPA.
Os fabricantes estão criando cada vez mais produtos sem BPA. Procure produtos rotulados como livres de BPA. Se um produto não estiver rotulado, lembre-se de que alguns, mas não todos, os plásticos marcados com o código de reciclagem 3 ou 7 podem conter BPA.
Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.
Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.
Caso prefira, entre em contato diretamente com ele via e-mail:
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