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A melatonina pode ajudar a tratar a Covid-19? Dois novos estudos têm descobertas promissoras!

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A melatonina pode ser uma opção de tratamento em potencial para pacientes com coronavírus.

 

Como vários ensaios de vacinas contra o coronavírus (Covid-19) mostram-se promissores, um novo estudo da Cleveland Clinic revelou que a melatonina, que pode regular o ciclo de sono e é um auxílio comum para dormir, pode ser uma opção de tratamento em potencial para pacientes com o vírus.

O estudo vem do Lerner Research Institute da Cleveland Clinic e se concentra no reaproveitamento de drogas que a Food and Drug Administration (FDA) já aprovou para novos usos terapêuticos, citando eficiência e baixo custo.

Publicado na PLOS Biology, o estudo usou duas abordagens que conduziram à descoberta e referenciou-as, levando a um avanço potencialmente importante no tratamento com Covid-19.

Em primeiro lugar, uma plataforma de inteligência artificial desenvolvida por pesquisadores da Learner comparou a proximidade entre os genes e proteínas do hospedeiro do SARS-CoV-2, o novo coronavírus que causa a Covid-19, com a de 64 outras doenças em uma série de categorias de doenças.

Esses dados permitiram aos pesquisadores encontrar condições com proximidades de proteínas semelhantes à Covid-19 que já possuía medicamentos aprovados para o tratamento. Esses medicamentos, propõem os pesquisadores, possivelmente poderiam ser usados para tratar Covid-19.

Por exemplo, os pesquisadores notaram que as proteínas associadas à síndrome do desconforto respiratório e sepse, duas principais causas de morte em pacientes com Covid-19 grave, estavam altamente conectadas a várias proteínas SARS-CoV-2.

Ao todo, os pesquisadores encontraram 34 medicamentos como candidatos potenciais para reaproveitamento, incluindo alguns, como o antibiótico azitromicina e o redutor de ferro deferoxamina, que já estão sendo estudados nos ensaios clínicos da Covid-19. Na lista está inclusa a melatonina.

“Isso não quer dizer que essa associação entre a melatonina, que você pode comprar sem prescrição em qualquer farmácia, e a Covid-19 é uma certeza. Nem significa que você deve aumentar a ingestão de melatonina imediatamente. Ainda há muita pesquisa a fazer. As pessoas precisam entender que é importante valorizar as horas de sono tomando medidas para melhorar a qualidade do sono e isso já é suficiente para aumentar a produção de melatonina. Muito melhor que qualquer suplementação”, informa o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular que atende em São Paulo, Campinas e a distância. 

Os pesquisadores pegaram essas informações e as combinaram com dados coletados de quase 27 mil pacientes no registro Covid-19 da Cleveland Clinic. Após o ajuste para idade, raça, história de tabagismo e várias comorbidades de doenças, o uso de melatonina foi associado a uma probabilidade 28% reduzida de um teste Covid-19 positivo.

Um estudo publicado agora por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) pode ter descoberto o motivo.

A melatonina é uma molécula multitarefa, orquestra as respostas de defesa, permitindo a montagem, duração e magnitude adequadas das respostas imunológicas inatas. A melatonina é sintetizada sob demanda por células imunocompetentes e constitutivamente por macrófagos residentes, como macrófagos alveolares (no pulmão). 

Eles investigaram se a expressão de genes relevantes para a invasão e infecção do vírus varia de acordo com um índice gênico (MEL-Index) que estima a capacidade do pulmão de sintetizar melatonina. 

Eles descobriram uma relação inversa entre o índice MEL e a infecção por SARS-CoV-2. Ou seja, quanto maior a capacidade de produção de melatonina, menor a chance de infecção pelo coronavírus. 

O índice MEL também se correlacionou negativamente com os genes que codificam as proteínas do complexo receptor multi-molecular CD147, a porta de entrada em macrófagos e outras células do sistema imunológico. 

“A perspectiva de que a melatonina do pulmão e do trato respiratório pode ser um fator de proteção natural abre novas perspectivas epidemiológicas e farmacológicas, uma vez que altos escores do Índice MEL podem ser preditivos de portadores assintomáticos, e a melatonina administrada por via nasal pode prevenir a evolução de portadores pré-sintomáticos. Mas, ainda é muito cedo para prescrever isso para a população”, alerta o Dr. Daniel Benitti. 

É importante observar que isso não significa que as pessoas devam começar a tomar melatonina sem primeiro consultar um médico. Estamos entusiasmados com esses resultados e em estudar mais essa conexão, mas estudos observacionais em grande escala e ensaios clínicos randomizados são essenciais para confirmar o que foi encontrado até o momento.

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Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.

Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.

Caso prefira, entre em contato diretamente com ele via e-mail:

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