A osteoartrite é uma doença articular degenerativa que afeta mais frequentemente os joelhos, quadris, costas, pescoço e mãos. É a doença articular crônica mais comum e afeta aproximadamente 15 milhões de brasileiros. As mulheres com Lipedema tendem a ter mais artrite do joelho e quadril devido à sobrecarga de peso, especialmente abaixo da cintura, uma predisposição genética que causa frouxidão dos ligamentos e inflamação do intestino.
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A cartilagem cobre a extremidade de cada osso e age como uma almofada quando dois ossos opostos se movem um contra o outro. Isso ajuda a reduzir a fricção dos ossos em movimento, proporcionando uma ação de deslizamento que amortece o movimento de cada osso.
Conforme a osteoartrite progride ao longo do tempo, a cartilagem se desgasta ou pode desenvolver crescimentos, chamados de esporas ósseas. Pedaços de osso ou cartilagem também podem se quebrar e flutuar ao redor da área da articulação, o que pode causar problemas adicionais de dor. A inflamação dessas áreas afetadas pode danificar ainda mais a cartilagem, resultando em fricção do osso diretamente contra o osso oposto. Isso pode levar a danos nas articulações e aumento dos níveis de dor.
Principalmente considerada uma doença de pessoas com 65 anos ou mais, agora estamos vendo isso se manifestar em atletas mais jovens e naqueles com fatores contribuintes. Os fatores de risco incluem envelhecimento, obesidade, doenças articulares anteriores, músculos da coxa fracos e genética.
“Provavelmente a osteoartrite é causada pela falha do corpo de reparar o desgaste na cartilagem. Na cartilagem saudável existe um equilíbrio entre a degradação e a formação do tecido. Na osteoartrite há um desequilíbrio, levando à degradação da cartilagem ao longo do tempo. Nas inflamações crônicas, como o Lipedema e a inflamação intestinal, esse desequilíbrio tende a ser mais evidente, pois aumenta a degradação da cartilagem. No caso das mulheres com Lipedema, associa-se a frouxidão ligamentar e pouca massa muscular nas pernas”, explica o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular especialista em Lipedema, que atende em São Paulo, Campinas e, no momento, a distância.
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Sintomas da osteoartrite
Os sintomas mais comuns da osteoartrite são dor e rigidez, especialmente após longos períodos de repouso ou ao acordar. As articulações também podem apresentar inchaço após a atividade ou uso excessivo, o que é muito comum em pessoas que sofrem de Lipedema e Linfedema.
- Articulações doloridas ou rígidas;
- Amplitude limitada de movimento que desaparece após o movimento;
- Ruído de estalo ou estalo ao dobrar a junta;
- Sensação de deslizamento ao redor da articulação afetada (principalmente no joelho);
- Inchaço ao redor da área da articulação;
- Dor após a atividade ou uso excessivo.
Conforme a evolução da doença, a osteoartrite pode levar ao isolamento social. As pessoas são incapazes ou não querem lidar com a dor intensa e, por isso, evitam sair de casa para eventos sociais e não têm a capacidade de receber visitas.
Outro sintoma comum pode ser quedas. Há um risco maior devido aos músculos mais fracos nos quadris, coxas e pernas, combinados com a osteoartrite nos quadris ou joelhos. Pessoas com osteoartrite experimentam até 30% mais quedas e têm um risco 20% maior de fratura do que aqueles sem. (fonte)
Tratamento
Não há cura para a osteoartrite, mas existem várias opções de tratamentos disponíveis para tornar a vida mais confortável, incluindo com o controle da dor, da rigidez e do inchaço, além de melhorar a mobilidade e flexibilidade das articulações, bem como fatores atenuantes, como controle de peso e exercícios.
“As mulheres com Lipedema melhoram muito a artrite quando a inflamação do Lipedema é controlada. Além disso, ao emagrecerem com o tratamento clínico, há uma diminuição da sobrecarga de peso e aumento da massa muscular que irá estabilizar as articulações. O ideal é tratar o mais cedo possível para que não ocorra deformidade no joelho devido ao acúmulo de gordura nas pernas. Quanto maior a divulgação da informação, mais cedo é feito o diagnóstico”, indica o Dr. Daniel Benitti.
Realizar atividade física que trabalhe adequadamente a área afetada é a chave para manter uma boa amplitude de movimento e reduzir o inchaço e a rigidez da articulação. Apenas lembre-se de não se envolver em nada extenuante que coloque pressão adicional nas articulações. Em vez disso, pratique alongamento e exercícios discretos, como caminhar ou nadar, construindo uma boa estrutura de suporte nos músculos ao redor das articulações afetadas.
As atividades físicas na água e a plataforma vibratória têm uma ação muito positiva na redução da inflamação e melhora da dor.
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Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.
Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.
Caso prefira, entre em contato diretamente com ele via e-mail:
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