Para um cirurgião vascular, não há nada mais gratificante do que tratar uma paciente com uma doença venosa sintomática e transformá-la em uma pessoa assintomática. Por outro lado, não há nada mais frustrante do que tratar uma paciente e ela não apresentar nenhuma melhora após o tratamento, com persistência dos sintomas ou recorrência precoce das varizes.
Esta segunda situação é MUITO comum na clínica de um cirurgião vascular. A origem da doença venosa é comumente ignorada, principalmente quando ela não está nas pernas, e sim na pélvis, o que denominamos como varizes pélvicas.
A falha no diagnóstico pode levar a um tratamento ineficiente e potencialmente desnecessário. Além disso, mesmo quando as varizes pélvicas são identificadas, o manejo e as formas de tratamento podem, ainda, serem desconhecidos para a maioria dos médicos.
Cerca de 10% das pacientes que apresentam varizes nas pernas possuem varizes pélvicas, que causam refluxo para os membros inferiores, gerando sintomas. Este número aumenta para até 40% se a mulher teve três ou mais gestações! Com esses dados vemos que, em muitas mulheres, a causa das varizes nas pernas tem origem pélvica.
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Sintomas
Os sintomas típicos das varizes pélvicas são:
- Dor pélvica crônica;
- Dispareunia (dor na relação sexual);
- Dismenorréia (dor ao menstruar);
- Urgência miccional (sente vontade de urinar, contudo sai pouca urina);
- Varizes em região glútea e próxima à genitália.
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Diagnóstico
O exame de ultrassom doppler pode detectar as veias dilatadas e a origem do refluxo. No entanto, algumas vezes é difícil a visualização das veias pelo abdômen. Nesses casos utiliza-se o ultrassom doppler transvaginal. Além disso, também é possível solicitar a angiotomografia, a ressonância nuclear magnética e a flebografia, sendo a última considerada o “padrão ouro” para o diagnóstico, porém utilizada apenas quando será realizado o tratamento, já que é um exame invasivo.
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Tratamento
O tratamento das varizes pélvicas pode ser realizado com o uso de medicações que visam melhorar os sintomas da congestão local. Outra opção e mais usual é a embolização percutânea das varizes pélvicas, que consiste em uma cirurgia endovascular, minimamente invasiva. Nela são inseridos cateteres e guias pela virilha, braço ou pescoço da paciente, pelos quais as veias dilatadas e insuficientes que geram as varizes são cateterizadas e ocluídas com a utilização de molas e agentes esclerosantes. Desse modo, a drenagem do sangue é alterada para as veias saudáveis. Neste tipo de procedimento, normalmente o paciente retorna para casa no mesmo dia ou no dia seguinte.
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Quando a causa das varizes pélvicas é por compressão das veias, também pode-se realizar o tratamento endovascular. Através da virilha, são introduzidos cateteres e guias que irão ultrapassar a área de compressão e depois são colocados stents que irão manter a veia aberta, restabelecendo um fluxo sanguíneo adequado e, dessa forma, tratando as varizes.
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