Muitas mulheres sofrem anos durante os períodos menstruais antes de serem capazes de obter uma resposta sobre o que está causando a dor. Uma condição comum e muitas vezes não diagnosticada é a endometriose. Então, a pergunta que fica é: qual o tratamento para endometriose?
De acordo com a Associação Brasileira de Endometriose, 15% das mulheres em idade reprodutiva podem desenvolver a endometriose, 30% têm chances de ficarem estéreis, e 80% das mulheres se queixam de dor pélvica. A endometriose é invisível, mas os sinais de sua presença no organismo são, em sua maioria, bem perceptíveis.
O que é endometriose?
A endometriose é uma doença que ocorre quando um tecido muito parecido com o tecido que reveste o útero da mulher, chamado endométrio, começa a crescer em outros lugares dentro do corpo. Mais comumente, esses crescimentos ocorrem na pelve, como nos ovários, no espaço entre o útero e o intestino, nas tubas uterinas, na superfície externa do útero ou na bexiga.
Durante o ciclo menstrual de cada mês, o tecido que reveste o útero fica mais espesso e então se decompõe na forma de sangue que sai pela vagina. O crescimento do tecido da endometriose responde aos mesmos hormônios que o revestimento uterino. Mas, em vez de ser drenado pela vagina durante o período menstrual, o sangue do crescimento do tecido em outras partes do corpo não tem para onde ir. Ele se acumula em torno de órgãos e tecidos próximos, irritando e inflamando-os e, às vezes, causando cicatrizes. Além da dor, a endometriose pode causar outros sintomas, como problemas relacionados ao intestino e à bexiga, menstruação intensa, desconforto sexual e infertilidade.
“Muitas vezes o diagnóstico de endometriose demora para ser feito. Isso porque adolescentes e mulheres adultas presumem que seus sintomas são uma parte normal da menstruação. Aquelas que procuram ajuda às vezes são descartadas como uma reação exagerada aos sintomas menstruais normais. Em outros casos, a condição pode ser confundida com outros distúrbios, como doença inflamatória pélvica ou síndrome do intestino irritável. Muitas recebem a prescrição de anticoncepcionais que ainda podem desencadear ou piorar o Lipedema. Uma história clínica e exame físico adequado são fundamentais para o diagnóstico e evitar complicações desnecessárias, tanto físicas, quanto psicológicas”, explica o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância.
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Um estudo realizado pela World Endometriosis Research Foundation descobriu que, entre as mulheres com idades entre 18 e 45 anos, houve um atraso médio de sete anos entre os primeiros sintomas e o momento do diagnóstico. A maioria dos casos é diagnosticado quando as mulheres estão entre os 30 e 40 anos.
A endometriose prejudica muito a qualidade de vida e a produtividade no trabalho, mas as mulheres continuam a ter atrasos no diagnóstico na atenção primária. Toda queixa deve ser valorizada e investigada. Não podemos aceitar um atraso de 7 anos em um diagnóstico tão prevalente.
Tratamento para endometriose
Obtendo alívio da endometriose:
Embora não haja cura definitiva para a endometriose, medicamentos, cirurgia e mudanças no estilo de vida podem ajudá-la a encontrar alívio e controlar a doença.
Seu médico pode recomendar um ou mais tratamentos para ajudar a aliviar a dor e outros sintomas. Esses incluem:
1. Medicamentos antiinflamatórios não esteroidais (NSAID)
São utilizados para reduzir a dor e diminuir o sangramento do endométrio. O ideal seria comprar apenas com receita médica.
2. Terapias hormonais
Como a endometriose é impulsionada por hormônios, ajustar os níveis hormonais no corpo às vezes pode ajudar a reduzir a dor. Os medicamentos hormonais são prescritos em diferentes formas, desde pílulas, anéis vaginais e dispositivos intrauterinos, até injeções e sprays nasais. O objetivo é modificar ou interromper o ciclo mensal de liberação de óvulos que gera grande parte da dor e outros sintomas relacionados à endometriose.
“Deve-se tomar muito cuidado com as mulheres com Lipedema ou com história familiar da doença, pois as terapias hormonais podem piorar e descompensar o Lipedema, principalmente os análogos de Gnrh. O ideal seria sempre discutir todas as opções de tratamento para analisar riscos e benefícios”, alerta o Dr. Daniel Benitti.
3. Fitoterápicos
Ativos que contém flavonóides bioativos em alta concentração de substâncias antioxidantes naturais como as catequinas, proantocianidinas, taxifolinas e ácidos fenólicos são muito bons e podem auxiliar no tratamento da endometriose.
Devido a ações antiinflamatórias naturais, sem efeitos colaterais, podem promover o alívio do desconforto menstrual, cólicas e a sensação de dor abdominal do início ao fim da menstruação. Outro benefício na endometriose é a contribuição no processo de cicatrização e estabilização dos capilares que ajudam a acelerar a recuperação do endométrio.
4. Acupuntura
Este é um tratamento para endometriose de medicina alternativa que usa pequenas agulhas aplicadas em locais específicos do corpo para aliviar a dor crônica.
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5. Fisioterapia do assoalho pélvico
Essa prática aborda problemas com o assoalho pélvico, um grupo de músculos em forma de tigela dentro da pelve que sustenta a bexiga, o intestino, o reto e o útero. A dor pélvica às vezes ocorre quando os músculos do assoalho pélvico estão muito tensos, causando irritação muscular e dor muscular, conhecida como dor miofascial. Para tratar a dor miofascial, um fisioterapeuta especialmente treinado usa as mãos para realizar manipulações externas e internas dos músculos do assoalho pélvico. Relaxar os músculos contraídos e encurtados pode ajudar a aliviar a dor no assoalho pélvico, assim como faria em outros músculos do corpo.
6. Terapia cognitiva comportamental
Outra opção para ajudar a controlar a dor é a terapia cognitivo-comportamental (TCC). Embora poucos estudos tenham examinado os efeitos da TCC nos sintomas da endometriose, ela tem sido usada para controlar com sucesso outras condições que causam dor crônica. A TCC é baseada na ideia de que padrões de pensamento mais saudáveis podem ajudar a reduzir a dor e a incapacidade, além de ajudar as pessoas a lidar com a dor de maneira mais eficaz.
7. Gerenciamento de estresse
Sentir dor crônica pode causar estresse, o que pode aumentar a sensibilidade à dor, criando um ciclo vicioso. Como o estresse pode piorar a dor, o controle do estresse é um componente importante do controle da endometriose.
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8. Melhorias no estilo de vida
Manter um programa regular de exercícios, um horário de sono saudável e uma dieta saudável e balanceada pode ajudá-lo a lidar melhor com e controlar o estresse relacionado à endometriose.
9. Cirurgia
O seu médico pode recomendar cirurgia para remover ou destruir o crescimento anormal do tecido, para ajudar a melhorar sua qualidade de vida ou suas chances de engravidar. Alguns estudos demonstraram que a remoção de crescimentos de tecido anormal e tecido cicatricial causados por endometriose leve a moderada pode aumentar a probabilidade de engravidar.
Importante
Não existe o melhor tratamento para endometriose para todas as mulheres, pode levar algum tempo para encontrar a combinação certa de tratamentos para aliviar a dor e controlar essa condição. Mas, trabalhar de perto com o seu médico torna mais provável que você seja capaz de alcançar o tratamento mais adequado para você.
Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.
Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.
Caso prefira, entre em contato diretamente com ele via e-mail:
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