Por que você deveria se preocupar?
Acredita-se que os metais talvez sejam os agentes tóxicos mais conhecidos pelo homem. Há aproximadamente 2.000 anos a.C., grandes quantidades de chumbo eram obtidas de minérios, como subproduto da fusão da prata e isso provavelmente tenha sido o início da utilização desse metal pelo homem.
Os metais pesados diferem de outros agentes tóxicos porque não são sintetizados nem destruídos pelo homem. A atividade industrial diminui significativamente a permanência desses metais nos minérios, bem como a produção de novos compostos, além de alterar a distribuição desses elementos no planeta.
A presença de metais muitas vezes está associada à localização geográfica, seja na água ou no solo, e pode ser controlada, limitando o uso de produtos agrícolas e proibindo a produção de alimentos em solos contaminados com metais pesados.
Hoje em dia, temos visto mais casos de contaminação de adultos, crianças, lotes e vivendas residenciais, com metais pesados, principalmente por chumbo e mercúrio. Contudo, a maioria da população não tem informações precisas sobre os riscos e as consequências da contaminação por esses metais para a saúde humana.
Em um recente estudo da Universidade de Michigan os pesquisadores evidenciaram que as mulheres com histórico de endometriose apresentaram concentrações mais altas de cádmio na urina em comparação com aquelas sem esse diagnóstico.
Afetando uma em cada 10 mulheres em idade reprodutiva, a endometriose é uma condição ginecológica na qual o tecido que se parece com o revestimento do útero, ou útero, aparece fora do útero. As mulheres com endometriose podem apresentar sintomas crônicos, dolorosos e debilitantes, que podem interferir em todos os aspectos da vida, incluindo atividades diárias, produtividade no trabalho, desempenho escolar, relacionamentos pessoais e fertilidade.
“O cádmio é um metal tóxico e um metaloestrogênio, o que significa que pode agir como o hormônio estrogênio. No Brasil, as pessoas são comumente expostas ao cádmio respirando fumaça de cigarro, comendo alimentos contaminados e com exposição de bijuterias baratas e brinquedos vindos da China! O problema piora pois o efeito é acumulativo e um dos órgãos de depósito do cádmio é a gordura e por isso pode piorar a inflamação do lipedema.” – Informa o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).
Embora este não seja o primeiro estudo explorando uma ligação potencial entre o cádmio e a endometriose, este é o maior estudo a observar o cádmio medido na urina, o que reflete a exposição a longo prazo entre 10 e 30 anos.
Para o estudo, os pesquisadores usaram dados da população dos EUA entre 1999 e 2006. Das mais de 41.000 participantes da pesquisa, os pesquisadores limitaram a população do estudo a mulheres com 20 a 54 anos de idade com informações sobre o diagnóstico de endometriose.
Os pesquisadores então analisaram os dados, dividindo os níveis de cádmio em quatro classes, ou quartis, sendo o primeiro quartil a menor exposição e o quarto a maior exposição.
Eles descobriram que os participantes no segundo e terceiro quartis tinham duas vezes mais chances de terem sido diagnosticados com endometriose do que aqueles no primeiro quartil. Os dados também sugerem um aumento de 60% na prevalência de endometriose com base nas concentrações urinárias de cádmio no quarto quartil.
Mais estudos são necessários para confirmar estas descobertas, mas o efeito estrogênico do cádmio deve ser mais valorizado.
Este trabalho faz parte de uma pesquisa mais ampla que analisa os fatores cotidianos que podem aumentar a exposição a metais tóxicos em mulheres, bem como o impacto de metais tóxicos na saúde ginecológica.
Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.
Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.
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