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Os rins são dois órgãos localizados em ambos os lados da coluna vertebral, têm formatos de grão de feijão, medem aproximadamente 12 centímetros e pesam cerca de 150 gramas cada.

As principais funções dos rins são:

> eliminar as toxinas ou dejetos resultantes do metabolismo corporal por meio da urina;
> manter um constante equilíbrio hídrico do organismo, eliminar o excesso de água, sais e eletrólitos, evitando, assim, o aparecimento de edemas (inchaços);
> atuar como órgãos produtores de hormônios: eritropoetina, que participa na formação de glóbulos vermelhos; vitamina D, que ajuda a absorver o cálcio para fortalecer os ossos; e a renina, que intervém na regulação de pressão arterial.

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Hipertensão

Acredita-se que de 5 a 10% dos pacientes hipertensos apresentam hipertensão renovascular e esse número aumenta para 20 a 25% nos pacientes hipertensos resistentes (aqueles que mesmo em uso de medicação não apresentam controle adequado ou que utilizam três ou mais medicações incluindo um diurético).

A hipertensão renovascular é definida pela presença de hipertensão e estenose significativa da artéria renal e consiste na principal causa potencialmente curável de hipertensão arterial.

Quando a quantidade de sangue que chega ao rim diminui, ele interpreta como uma queda da pressão arterial e eleva a produção de renina, que aumenta a pressão arterial, gerando hipertensão.

A hipertensão renovascular pode ter três etiologias: displasia fibromuscular (que acomete principalmente mulheres jovens), aterosclerótica (mais comum entre hipertensos resistentes) e arterites (mais raro).

A identificação precoce e correta de pacientes com hipertensão renovascular permite uma abordagem terapêutica mais adequada e uma melhor resposta ao tratamento.

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Investigação

As indicações para a investigação da hipertensão renovascular são:

> Hipertensão arterial de difícil controle;
> Início de hipertensão arterial antes dos 30 ou após os 55 anos;
> Hipertensão arterial maligna (elevação importante e aguda da pressão arterial);
> Hipertensão arterial moderada a severa com doença aterosclerótica difusa;
> Sopro abdominal;
> Piora da função renal com uso de IECA ou ARA (Captopril e Losartan, por exemplo);
> Assimetria renal no exame de ultrassom;

Os principais exames para rastreamento são o ultrassom doppler de artérias renais e a cintilografia renal basal e com captopril.

A tomografia e a ressonância nuclear magnéticas também são úteis no diagnóstico e auxiliam no planejamento terapêutico.

Tratamento

O objetivo do tratamento é controlar a pressão arterial e preservar a função do rim.

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O tratamento de escolha é o endovascular.

Por meio de uma punção na virilha ou no braço são introduzidos fios e cateteres que irão ultrapassar a lesão obstrutiva para depois ser realizada um angiopalstia com balão associada ou não a stent para abrir novamente a artéria acometida e restabelecer o fluxo de sangue.