Entenda mais sobre
Linfedema
O linfedema ocorre quando um fluído corporal, conhecido como linfa, se acumula nos tecidos moles do corpo, habitualmente em um braço ou em uma perna.
O sistema linfático é constituído por vasos e gânglios que se distribuem por todo o corpo, sendo que os vasos transportam a linfa para os gânglios. A linfa, por sua vez, é constituída essencialmente por água, proteínas, gordura e resíduos provenientes das células. Os gânglios linfáticos são responsáveis por filtrarem os resíduos, devolvendo o líquido ao sangue. Se os vasos ou os gânglios forem lesados ou removidos, a linfa pode acumular, provocando um aumento de volume dos braços ou pernas, situação conhecida como linfedema.
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Essa enfermidade pode ser dividida em:
- Linfedema primário: a pessoa nasce sem vasos ou gânglios linfáticos;
- Linfedema secundário: mais frequente, provocado por lesões no sistema linfático. As causas mais comuns são infecção, como a erisipela, e cirurgia ou radioterapia para certos tipos de câncer, como mama e testículo. Além disso, outras causas que se destacam são as queimaduras, cirurgias de varizes com retirada da safena, e procedimentos cirúrgicos como, por exemplo, a lipoaspiração.
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Quais são os sintomas?
As pessoas que tem linfedema podem não desenvolver sintomas imediatos. Por vezes, eles ocorrem apenas 10 anos ou mais após uma lesão no sistema linfático. Quando ocorrem, eles podem incluir:
- Dor, fraqueza, vermelhidão, sensação de peso ou de aperto em um dos membros;
- Menor flexibilidade do punho ou tornozelo;
- Anéis ou sapatos apertados.
Algumas pessoas desenvolvem linfedema crônico, isto é, de longa duração. Nesses casos o tratamento é mais difícil, pois os membros inchados ficam vulneráveis a infecções. Até mesmo lesões pequenas na pele, tais como cortes, arranhões, picadas de insetos ou pequenas micoses entre os dedos, podem provocar uma infecção grave (erisipela – que afeta o tecido debaixo da pele, e linfangite – inflamação do sistema linfático).
A cicatrização torna o tecido ainda mais vulnerável, com aumento do volume e alteração da pele, endurecendo os tecidos e acarretando em fibrose (típica do linfedema crônico).
Quais os exames necessários?
O diagnóstico de linfedema é clínico. Um bom exame físico e uma boa consulta fazem o diagnóstico. Quando há dúvidas ou quando é necessário fazer exclusão de outra doença, é possível fazer os seguintes exames:
- Eco-Doppler: muitas vezes necessário para excluir a presença de um trombo nas veias da perna (fazendo o diagnóstico diferencial);
- Linfocintilografia: injeção de substância radioativa em baixa dose, para traçar o fluxo da linfa por meio dos vasos linfáticos.
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Como se trata o linfedema?
Quem tem risco de desenvolver linfedema pode e deve tomar medidas para prevenção, enquanto quem apresenta a doença de forma leve deve adotar hábitos que impeçam o agravamento. Entre as medidas de prevenção e minimização dos sintomas, destacam-se:
- Lavar regularmente o membro afetado, secá-lo cuidadosamente e aplicar loção hidratante;
- Usar luvas em atividades cotidianas, como cozinhar, por exemplo;
- Ao depilar a perna afetada, utilizar uma máquina de depilação elétrica;
- Não andar descalço;
- Não cruzar as pernas quando sentado;
- Evitar esforços no braço afetado, como carregar peso, por exemplo.
Algumas pessoas também se beneficiam de drenagem linfática manual. Além disso, os exercícios físicos específicos, as medicações e os cremes potencializam tanto a circulação venosa, quanto a linfática.
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É importante salientar que hoje o linfedema não tem cura, mas, quando bem tratado, não sofre pioras.
O tratamento dessa enfermidade requer a participação do paciente, pois ele é individual, dependendo do estágio da doença e do tempo de evolução.
Consulte um cirurgião vascular experiente e com conhecimento no assunto para ter o melhor tratamento possível.
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