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Vinho inflama?

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A inflamação é crucial para a saúde, agindo de forma protetora em cenários agudos e prejudicialmente quando crônica, levando a doenças como artrite e diabetes.

Image by Freepik

A dieta mediterrânea, rica em alimentos vegetais, gorduras saudáveis e ingestão moderada de vinho, reduz efetivamente os marcadores inflamatórios em pessoas com alto risco cardiovascular.

Os polifenóis e ácidos graxos ômega-3 desta dieta ajudam a combater a inflamação associada a doenças crônicas. Apesar dos debates em curso, muitos estudos confirmam os benefícios anti-inflamatórios do vinho tinto atribuídos aos polifenóis.

O ácido tartárico urinário oferece uma medida mais objetiva do consumo de vinho do que questionários de frequência alimentar. Mais pesquisas são essenciais para compreender o impacto do vinho na inflamação e validar este biomarcador em diferentes grupos.

Um recente estudo usando dados iniciais e de um ano do estudo PREDIMED, um grande ensaio clínico, de grupos paralelos, multicêntrico, randomizado e controlado sobre a dieta do mediterrâneo.

O estudo foi realizado na Espanha, de outubro de 2003 a dezembro de 2010. Avaliou o impacto do MedDiet enriquecido com azeite ou nozes na incidência de doenças cardiovasculares (DCV), envolvendo 7.447 participantes com alto risco cardiovascular.

O recente estudo incluiu especificamente uma subamostra de 217 participantes dos centros de recrutamento Hospital Clinic of Barcelona e Navarra, examinando os seus biomarcadores inflamatórios e os níveis de ácido tartárico urinário.

O presente estudo analisou as características iniciais dos participantes do estudo PREDIMED, concentrando-se em seus perfis demográficos e de saúde relacionados às mudanças nas concentrações urinárias de ácido tartárico ao longo de um ano.

A idade média dos participantes foi de 68,8 anos, sendo a ligeira maioria do sexo feminino (52,1%). Os participantes foram distribuídos de forma semelhante nos três percentis em relação a sexo, idade e nível de atividade física.

A maioria dos participantes foi classificada com excesso de peso e foi observada elevada prevalência de fatores de risco cardiovasculares: 54,8% tinham diabetes, 63,6% tinham dislipidemia e 78,8% tinham hipertensão. A maioria não era tabagista (85,7%) e tinha baixa escolaridade (75,1%), estando essas características distribuídas uniformemente entre os percentis.

A adesão a dieta do mediterrâneo foi geralmente consistente entre os grupos, embora ligeiramente inferior no primeiro percentil, e o consumo de vinho foi notavelmente inferior no segundo percentil.

O estudo também revisou as mudanças na ingestão alimentar ao longo do ano, descobrindo que o consumo de alimentos e nutrientes permaneceu bem equilibrado em todos os percentis.

A relação entre o consumo de vinho e a excreção urinária de ácido tartárico foi analisada, ajustando-se para vários potenciais fatores de confusão, como idade, sexo, hábito de fumar, nível educacional, índice de massa corporal (IMC), atividade física, grupo de intervenção, tempo de análise, consumo de energia e consumo de uvas e passas.

Os resultados indicaram uma correlação clara: o maior consumo de vinho levou ao aumento da excreção de ácido tartárico, com um aumento ajustado de 0,39 μg/mg de creatinina por desvio padrão, altamente significativo a p < 0,001.

“O ácido tartárico é um composto orgânico das próprias uvas, que conforme a maturação da fruta vai diminuindo sua concentração. No processo de extração do mosto (suco) das uvas o ácido permanece retido no líquido e continua interagindo quimicamente com o produto proporcionando características organolépticas agradáveis ao vinho, realça o sabor e intensifica o brilho a bebida. Ele melhora a qualidade geral do vinho desde que esteja em quantidades ideias e aumenta o potencial de guarda dos vinhos. Com o passar dos anos, este ácido possui a tendência de se cristalizar e pode ficar como alguns cristais na rolha ou no fundo da garrafa. “ – Esclarece o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).

Foi avaliado o impacto do ácido tartárico urinário nos marcadores inflamatórios. Aumentos maiores no ácido tartárico foram associados a reduções significativas nas concentrações da molécula-1 de adesão de células vasculares solúveis (sVCAM-1).

O estudo também encontrou uma relação inversa entre aumentos no ácido tartárico e alterações no sVCAM-1 plasmático e na molécula de adesão intercelular-1 (sICAM-1) quando analisados por percentis.

Os participantes do segundo e terceiro percentis apresentaram concentrações significativamente mais baixas de sICAM-1 em comparação com o primeiro percentil, e padrões semelhantes foram observados para sVCAM-1, especialmente no terceiro percentil.

O estudo estabelece com sucesso o ácido tartárico urinário como um biomarcador para o consumo de vinho, fornecendo evidências claras de que a ingestão moderada de vinho, particularmente vinho tinto rico em polifenóis, está associada a reduções significativas nos principais marcadores inflamatórios.

Estas descobertas não só reforçam os potenciais benefícios para a saúde do consumo moderado de vinho na redução do risco cardiovascular, mas também destacam a importância de incluir tais compostos bioativos na dieta pelas suas propriedades anti-inflamatórias.

Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.

Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.

Caso prefira, entre em contato diretamente com ele via e-mail:

 

 

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