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3 dias sem celular

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1️⃣ Introdução

📌 O uso excessivo de smartphones (ESU) tem sido comparado a transtornos aditivos devido às suas semelhanças em termos de padrões de compulsão, desejo e impacto psicossocial.

📌 Estudos anteriores indicam que pessoas com ESU apresentam mudanças na estrutura e função cerebral em regiões ligadas à recompensa, impulsividade e processamento emocional – padrões similares aos observados em transtornos por uso de substâncias e vício em jogos eletrônicos.

📌 Um recente estudo verificou se a privação do smartphone por 72 horas levaria a mudanças na atividade cerebral em regiões associadas à dependência, recompensa e controle inibitório.

2️⃣ Metodologia

📌 Participantes: 25 jovens adultos (13 mulheres e 12 homens), recrutados entre 18 e 30 anos.
📌 Critérios de inclusão:
✔️ Uso regular de smartphones
✔️ Ausência de transtornos psiquiátricos graves ou dependência química
✔️ Fluência em alemão
✔️ Ausência de contraindicações para ressonância magnética

📌 Intervenção:
🔹 Os participantes passaram 72 horas sem usar seus smartphones ou dispositivos equivalentes.
🔹 Durante esse período, seu estado emocional, comportamento e reatividade a estímulos foram avaliados.

📌 Avaliação:
🔬 Exames de ressonância magnética funcional (fMRI) foram realizados antes e depois da restrição para medir a atividade cerebral frente a imagens de smartphones ligados e desligados.
📊 Medidas psicométricas foram utilizadas para avaliar craving (desejo de uso), sintomas depressivos e padrões de comportamento compulsivo.

3️⃣ Principais Resultados

📌 1. Mudanças na Atividade Cerebral Após 72h Sem Smartphone
✔️ Aumento significativo da atividade no núcleo accumbens e no córtex cingulado anterior (p < 0.001) – regiões associadas à recompensa, desejo e processamento emocional.
✔️ A atividade no córtex parietal superior estava correlacionada com maior craving pelo smartphone (p < 0.05).
✔️ A ativação do núcleo accumbens também foi associada a níveis mais altos de sintomas depressivos.

📌 2. Relação com Neurotransmissores
✔️ As mudanças observadas na atividade cerebral estavam associadas a sistemas de dopamina e serotonina (pFDR < 0.05), neurotransmissores fundamentais para a regulação da recompensa e comportamento compulsivo.
✔️ A ativação do córtex cingulado anterior sugere um mecanismo de abstinência similar ao de substâncias psicoativas.

📌 3. Impacto Comportamental
✔️ Não houve aumento significativo nos sintomas de abstinência ou no desejo consciente pelo smartphone (craving).
✔️ Entretanto, mudanças na atividade neural indicam que a privação do smartphone ativa mecanismos cerebrais de desejo e impulsividade.

4️⃣ Conclusões e Implicações

📌 O que aprendemos?
✔️ A privação do smartphone por 72 horas provoca mudanças na atividade neural em áreas ligadas ao vício e desejomesmo sem sintomas comportamentais explícitos.
✔️ As regiões afetadas são as mesmas envolvidas em transtornos de dependência, sugerindo que o uso excessivo de smartphones pode compartilhar mecanismos neurológicos com vícios comportamentais e químicos.
✔️ A relação com dopamina e serotonina reforça a ideia de que a abstinência pode gerar um impacto emocional e fisiológico significativo.

📌 O que isso significa na prática?
🔹 A dependência de smartphones pode não ser apenas psicológica, mas também neuroquímica.
🔹 Restringir o uso pode ser desafiador neurologicamente, mas pode ajudar a reduzir padrões compulsivos ao longo do tempo.
🔹 Mais estudos são necessários para explorar estratégias eficazes de desintoxicação digital e seu impacto na saúde mental.

📌 Conclusão Final:
Este estudo comprova que a abstinência de smartphones causa mudanças significativas na atividade cerebral, especialmente em áreas associadas ao desejo e recompensa. Os achados sugerem que o uso excessivo de smartphones pode ser um comportamento viciante, compartilhando mecanismos neuroquímicos com transtornos de dependência.

Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.

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